Os estudos sobre moluscos marinhos do Brasil, incluindo os cefalópodes, foram iniciados pelo Professor Eliezer de C. Rios na década de 1960, fundador do Museu Oceanográfico que leva seu nome. Ao longo dos anos o Professor Rios constituiu uma das maiores coleções de conchas de moluscos de América Latina, incluindo conchas e exemplares preservados de cefalópodes.

Na década de 1980, com a incorporação do navio de pesquisas Atlântico Sul, iniciou-se uma série de levantamentos de pesquisa nos quais começaram a ser coletados cefalópodes para estudos taxonômicos e de dinâmica populacional e foi formada uma coleção de trabalho no Laboratório de Recursos Pesqueiros Demersais e Cefalópodes (LRPDC) do Instituto de Oceanografia da FURG, organizada pelo Professor Manuel Haimovici. Na década de 2000, os cefalópodes da coleção do Museu Oceanográfico foram transferidos fisicamente parao LRPDC e ambas coleções foram unificadas e lotadas no Centro de Biodiversidade Subtropical (CBS/FURG) em 2019. A coleção está sob os cuidados do Professor Haimovici e da Dra. Ana Cecilia Mai, com a colaboração da Dra. Tatiana Leite e o Ms Sc. Davi de Vasconcellos.

Na coleção encontram-se depositados exemplares coletados em levantamentos de biodiversidade de todo o mar territorial e a zona econômica do Brasil.

Em outubro de 2022 a coleção constava de 680 lotes, totalizando 2224 exemplares catalogados de 41 famílias, incluindo exemplares de praticamente todas as espécies com ocorrências registradas no Brasil. Forma parte da coleção os holótipos, quatro espécies novas de polvos e diversos parátipos, bem como quatro neótipos.

O material coletado serviu de base para a publicação de várias listas de cefalópodes do Brasil. A primeira, com 26 espécies (Haimovici, 1985), a segunda com 42 espécies (Haimovici, Perez & Santos, 1994) e a terceira com 82 espécies (Haimovici, Santos & Fischer, 2009), as três como parte dos livros sobre os moluscos do Brasil produzidos pelo Professor Rios. Uma quarta publicação, com mais de 100 espécies, está em elaboração.

A lista e cópias em formato eletrônico (pdf) dos trabalhos publicados sobre cefalópodes no LRPDC podem ser consultadas no site: www.demersais.furg.br

 

Coleção Paleontológica

 

Responsáveis: Dra. Paula Dentzien-Dias (Curadora), Dra. Silvia Bottezini (Pós-doutoranda) 

e-mail: pauladentzien@gmail.com

 

A coleção Paleontológica da FURG foi iniciada na década de 90 por alunos de graduação em Oceanologia que percorriam as praias do litoral gaúcho coletando fósseis. Os fósseis coletados eram depositados no Laboratório de Geologia e Paleontologia (LGP-FURG). Em 2012, o acervo começou a ter uma professora e técnica responsáveis, o que levou a um aumento de mais de    12.000 espécimes desde então. 

                                              
 

Acervo Paleontológico: A coleção Paleontológica da FURG é composta por diferentes fósseis e icnofósseis, além de moldes e réplicas. Atualmente, o acervo conta com mais de 17.000 espécimes, em sua maioria de fósseis do Quaternário, entre mamíferos terrestres e marinhos, invertebrados e icnofósseis, o que a coloca como uma das maiores coleções de fósseis Quaternários do sul do Brasil.

 

                            

 

Na coleção Paleontológica estão armazenados fósseis de mamíferos terrestres como Gliptodontes, Milodontídeos, Macrauquenia, Toxodonte, entre outros. A coleção ainda possui diversos exemplares de dentes fósseis de tubarões, raias e peixes ósseos, restos esqueletais de cetáceos fósseis, além de invertebrados marinhos diversos.

                                                

A coleção conta com dois holótipos, uma espécie de Actinomiceto fóssil denominada de Palaeostromatus diairetus (LGP/K-0021) e o Briozoário Biflustra holocenica (LGP/L-007).

 

 

 

Histórico e apresentação


A Coleção de Microalgas Marinhas foi pensada e iniciada no ano de 1991 pela professora Dra. Virgínia Maria Tavano no Laboratório de Fitoplâncton e Microorganismos Marinhos do Instituto de Oceanografia IO - FURG. O início da coleção teve como objetivo cultivar espécies provenientes do Estuário da Lagoa dos Patos e da Praia do Cassino, para estudos e experimentos sobre a influência de parâmetros físicos e químicos sobre seu desenvolvimento, crescimento e produtividade nestes ambientes costeiros. Mais tarde, o professor Dr. Paulo Cesar Abreu, em 2003, assumiu a curadoria da coleção, dedicado a ampliar o acervo de cepas de cianobactérias e fitoplâncton eucariótico, visando identificar espécies que apresentassem maiores taxas de produção, podendo ser utilizadas potencialmente de forma comercial na aquicultura, indústria e aplicações biotecnológicas, com estrutura para produção em larga escala. O trabalho destes pioneiros continuou e, a partir do ano 2018, a coleção conta com algumas cepas originadas da Antártida sob a responsabilidade do professor Dr. Carlos Rafael Mendes.

    

 


A coleção


Atualmente a coleção conta com 42 cepas de microalgas marinhas e estuarinas de Bacillariophyceae, Dinophyceae, Chlorophyceae, Cryptophyceae, Eustigmatophyceae e Cyanobacteria em cultivos unialgais isoladas de diferentes ambientes Brasileiros e Antártida. A coleção vem fornecendo inóculos para estudos de taxonomia, fisiologia, ecologia, ecotoxicologia e biotecnologia para os alunos da FURG, outras instituições públicas e empresas privadas.

Curador da coleção: Dr. Carlos Rafael Mendes
Contato: crbmendes@gmail.com

Técnica Responsável: Dra. Savênia Bonoto da Silveira
Contato: sbonoto@yahoo.com.br

Invertebrados Límnicos Subtropicais